Dados do Trabalho


Título

TOXOPLASMOSE AGUDA ASSOCIADA A PNEUMONITE EM UM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE

Introdução

A toxoplasmose (protozoário Toxoplasma gondii) ocorre em mamíferos e pássaros. No homem, a fase proliferativa intracelular geralmente é assintomática, ou menos comum, clinica inespecífica, febre, fadiga, linfadenopatia e complicações. Assim, dagnósticos diferenciais e precoces, devem ser considerados para aumento na sobrevida.

Objetivos

Descrever aspectos clínicos e terapêuticos na abordagem da toxoplasmose aguda associada a pneumonite em um paciente imunocompetente.

Delineamento e Métodos

Descrição do caso:
Paciente sexo masculino, 62 anos, hipertenso, bariátrica prévia, inapetente, cefaleia fronto-parietal diária, febre matutina há 20 dias. Nega sintomas gripais. Contato com água de pescaria e pombos. Ao exame, corado, anictérico, O2 baixo fluxo, 24irpm, sons respiratórios reduzidos em bases, RCR2T BNF, FC103bpm. Confusão mental (sugerido causa hipoxêmica pelo neurologista), sem rigidez de nuca. Realizado propedêutica para febre de foco não presumido: citomegalovírus, Epstein Barr, leptospirose, toxoplasmose, hepatites, HIV, sífilis e COVID-19. Iniciado Rocefim empirico (hipótese de leptospirose).
Em D3 de internação evoluiu com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), confuso, MF 12l/min. 39°C, sat 95%, PA 170/90mmHg, FC118. Encaminhado para UTI, realizado tomografia de tórax: opacidade em vidro fosco, espessamente septal, distribuídos bilateralmente, predomínio em lobos superiores, comprometimento pulmonar maior que 50%. RX tórax com infiltrados. Iniciado Cloranfenicol (hipótese de febre maculosa).
Sorologia para toxoplasmose reagente em 3 coletas (IgM:11,7 > 17,85 > 19,87 / IgG 0,8 > 8,6 > 200) e teste de avidez 32,3%. Demais sorologias não reagentes.
Aventado hipóteses de pneumonite por toxoplasmose e encefalite inespecífica. Após avaliação da neurologia, excluído encefalite. Iniciado Sulfametoxazol+trimetropim 25mg/kg por 6 semanas para pneumonite por toxoplasmose.
Devido quadro respiratório tardio, concomitante a elevação de IgG (curva ascendente), de IgM, e baixa avidez (infecção recente), foi sugerido quadro sistêmico de toxoplasmose aguda associado a pneumonite secundária. Paciente evoluiu com melhora clínica, no 13° dia foi transferido e mantido seguimento ambulatorial com infectologista.

Resultados

Em delineamento (relato de caso)

Conclusões

O diagnóstico precoce por meio de achados clínicos, laboratoriais e radiológicos, associado ao tratamento farmacológico, são essenciais para prevenir sequelas irreversíveis ou fatais nos casos de toxoplasmose aguda associada a pneumonite em imunocompetentes.

Palavras Chave

Toxoplasmose, pneumonite.

Área

Trabalhos Científicos

Autores

YASKARA LESSA LISBOA BALLARD, FERNANDA PEREIRA SANTOS, MARCELLO FONTANA MONTEIRO, TIAGO CAMILO ALVARENGA