Dados do Trabalho


Título

POLINEUROPATIA DESMIELINIZANTE INFLAMATORIA CRONICA COMO DIAGNOSTICO DIFERENCIAL DE SINDROME DE GUILLAIN-BARRE

Introdução

A Polineuropatia Desmielinizante Inflamatória Cônica (PDIC) é a neuropatia imunomediada adquirida mais comum, sendo mais observada no sexo masculino, entre 40 e 60 anos. A PDIC afeta os nervos periféricos e raízes nervosas, podendo se apresentar com fraqueza simétrica dos músculos proximais e distais, e tendo um curso recorrente-remitente ou progressivo.
A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é um de seus mais importantes diagnósticos diferenciais. A SGB é muito associada a uma infecção ou imunização prévia, apresenta início agudo e curso tipicamente monofásico, porém podendo ocorrer até duas recaídas em até oito semanas de evolução. Já a PDIC normalmente não ocorre após evento infeccioso ou vacina, podendo ter curso redicivante e progressão em geral, superior a oito semanas.

Objetivos

Relatar um caso clínico de um paciente diagnosticado com Polineuropatia Desmielinizante Inflamatória Crônica, visando enaltecer suas características clínicas e suas diferenças com a Síndrome de Guillain-Barré.

Descrição do caso

Paciente 60 anos, hipertenso, diabético, portador de artrite gotosa, é transferido da Clínica da Família para hospital após quadro de infecção intestinal há 3 meses que evolui com tetraparesia com força grau III, arreflexia global, paralisia do reto medial a direita com ptose palpebral. Já havia realizado externamente uma eletroneuromiografia sugerindo polineuropatia sensitiva motora com padrão desmielinizante.
Durante internação foi realizado uma Ressonância Magnética que evidenciou uma hipertrofia das raízes nervosas lombossacrais e uma análise do líquor com coloração límpida e incolor, hiperproteinorraquia e níveis normais de glicose. Com isso, logo foi iniciado 5 dias de Imunoglobulina venosa associado a fisioterapia motora, com o paciente apresentando alguma melhora na força global.
Após cerca de 2 meses, paciente retorna ao hospital com recidiva dos sintomas, associado a um delirium e retenção urinária. Foi optado por realização de pulsoterapia com Metilprednisolona, durante 5 dias. Ao longo das semanas o paciente apresentou alguma melhora da força.

Conclusões

A compreensão da PDIC, suas apresentações clínicas e sua diferenciação com a Síndrome de Guillain-Barré é de grande importância para que seja instituído as melhores opções terapêuticas o mais precocemente possível, evitando piores desfechos.

Palavras Chave

Polirradiculoneuropatia Desmielinizante Inflamatória Crônica, Síndrome de Guillain-Barré, Paresia, Pulsoterapia, Imunoglobulinas Intravenosas.

Área

Trabalhos Científicos

Autores

THAIS FONTES FERREIRA, MARIEL ARAUJO LIZARRALDE, RENAN MATIAS BARBOSA, MATHEUS VASCONCELOS FERREIRA, AMANDA VIANNA PEDROSA