Dados do Trabalho

Título

ACOMPANHAMENTO DE USUARIOS COM CONDIÇOES CRONICAS NA ESTRATEGIA SAUDE DA FAMILIA: OPORTUNIDADE PARA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA

Introdução

O cuidado de usuários com doenças crônicas, como hipertensão arterial (HA) e diabetes mellitus (DM), apresenta-se como um desafio para as equipes de Saúde da Família devido à magnitude e à complexidade dessas condições clínicas. Nesse cenário, torna-se fundamental a atenção sistematizada e o acompanhamento longitudinal, buscando melhorias na qualidade de vida e saúde desses usuários.

Objetivos

Identificar fatores de risco e de proteção à saúde apresentados, durante o atendimento individual, por usuários com HA e/ou DM adscritos por uma equipe de Saúde da Família.

Delineamento e Métodos

Pesquisa-ação desenvolvida em uma Unidade de Saúde da Família (USF) escola de um município do interior do estado de Minas Gerais. A equipe de Saúde da Família era constituída por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Essa USF escola funciona como campo de estágio para alunos dos cursos de medicina, enfermagem, nutrição, biomedicina, educação física, serviço social, estética e cosmética. No desenvolvimento dessa pesquisa-ação foram realizadas ações para ampliação do acesso e atenção sistematizada aos usuários com HA e/ou DM. Entre as ações desenvolvidas, encontram-se o levantamento das pessoas adscritas com HA e DM, a busca ativa e o atendimento individual com periodicidade controlada por meio de arquivo rotativo. Esse trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, parecer nº 3.774.772, em 2019.

Resultados

174 usuários (100%) foram identificados e atendidos individualmente, sendo 98 usuários (56,32%) com HA, 16 usuários (9,19%) com DM, 60 usuários (34,48%) com HA e DM. Durante o atendimento individual foram identificados como fatores de risco à saúde: sedentarismo (124 usuários; 71,26%), excesso de peso (61 usuários; 35,05%), estresse (49 usuários; 28,16%), tabagismo (19 usuários; 10,91%), consumo excessivo de álcool (15 usuários; 8,62%). A prática de atividade física regular (50 usuários; 28,73%) foi identificada como fator de proteção à saúde.

Conclusões

Os fatores de risco e de proteção à saúde identificados durante o atendimento individual podem contribuir para o acompanhamento personalizado, integral e longitudinal dos usuários com HA e/ou DM, buscando o autocuidado apoiado e melhorias na qualidade de vida.

Palavras Chave

Doença Crônica; Estratégia Saúde da Família; Longitudinalidade do Cuidado; Qualidade de Vida.