Dados do Trabalho


Título

ESOFAGO JACKHAMMER COMO CAUSA DE DISFAGIA EM ADULTO JOVEM: UM RELATO DE CASO

Introdução

INTRODUÇÃO:
O esôfago hipercontrátil, também chamado de esôfago Jackhammer ou esôfago em quebra-nozes, é um raro distúrbio motor primário do esôfago que leva a contrações peristálticas com elevadas amplitudes. Os sintomas mais relatados são disfagia e dor torácica. O exame padrão-ouro para seu diagnóstico é a manometria esofágica de alta resolução, que evidencia pelo menos 20% das deglutições com contratilidade distal integral (CDI) >8.000mmHg.s.cm.

Objetivos

OBJETIVOS:
Descrever um caso de esôfago hipercontrátil e seu desafio diagnóstico devido à similaridade de sua apresentação com outras doenças esofágicas, além de demonstrar o sucesso terapêutico com medidas clínicas a despeito de tratamentos invasivos.

Descrição do caso

DESCRIÇÃO DO CASO:
Mulher, 43 anos, casada, do lar, com queixa inicial de pirose, evoluindo com disfagia progressiva para sólidos e líquidos, dor torácica retroesternal e perda ponderal. Submetida inicialmente a endoscopia digestiva alta (EDA) que demonstrou sinais de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) não erosiva, sendo confirmado posteriormente por exame de pHmetria, a qual evidenciou refluxo ácido patológico em ortostatismo. Iniciado tratamento farmacológico com inibidor de bomba de prótons (IBP), porém sem melhora significativa. Devido à progressão do quadro, prosseguiu-se a realização de manometria de alta resolução, que demonstrou 20% das deglutições hipercontráteis, com DCI até 11477 mmHg.s.cm, confirmando o diagnóstico de esôfago Jackhammer. Iniciado tratamento com bloqueador de canal de cálcio (BCC). Aventada a possibilidade de terapias endoscópicas, como dilatação pneumática, miotomia ou injeção de toxina botulínica, porém, após associação do BCC, evidenciou-se melhora clínica importante, sendo optado por manter terapêutica não invasiva.

Conclusões

CONCLUSÕES:
O esôfago hipercontrátil apresenta uma variedade de sinais e sintomas que podem se confundir com outras patologias esofágicas, levando ao tratamento inequívoco e consequentemente à progressão do quadro e piora da qualidade de vida. No entanto, deve-se sempre suspeitar e investigar os possíveis diagnósticos diferenciais. Uma vez suspeitado o diagnóstico, é imprescindível a realização da manometria esofágica de alta resolução para confirmação do distúrbio. Os sintomas foram manejados com terapia medicamentosa (IBP e BCC), resultando em melhora significativa do quadro.

Palavras Chave

Palavras-chave:
Esôfago hipercontrátil, Disfagia, Manometria, Refluxo gastroesofágico.

Área

Trabalhos Científicos

Autores

JULIANA CORSINO GONÇALVES, FRANCIELLY ALVES SAMPAIO, NAYARA AZEVEDO PIRES, JULIANA NUNES DE FIGUEIREDO , MARINA PINTO ALMEIDA BARBOSA