Dados do Trabalho


Título

INTOXICAÇAO EXOGENA POR USO EMPIRICO E AUTO-SUPLEMENTAÇAO DE VITAMINA D, SUAS CONSEQUENCIAS E MANEJO

Introdução

INTRODUÇÃO: Nos últimos 5 anos, teve-se um aumento de 7,8% no número de pacientes intoxicados por uso empírico e/ou suprafisiológico de vitamina D. Não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) a prescrição de vitamina D em casos que não visem recuperar a saúde óssea, sendo contraindicada a auto-suplementação, pois sabe-se que o uso inadequado desta substância pode causar complicações severas aos indivíduos.

Objetivos

OBJETIVOS: O trabalho em questão possui como propósito evidenciar a respeito do uso inapropriado da vitamina D destrinchando a importância do tratamento clínico em casos de intoxicação por altas dosagens desse hormônio.

Delineamento e Métodos

DELINEAMENTO E MÉTODOS: Foram selecionados 5 artigos publicados entre 2018 e 2022, em inglês e português, nas bases de dados Pubmed, Medline e Scielo. Foi feita uma revisão sistemática a respeito do tema “Intoxicação Exógena por Vitamina D”.

Resultados

RESULTADOS: A suplementação de vitamina D é prescrita em casos de baixos níveis séricos, normalmente inferiores a 30 ng/ml. Sabe-se que valores acima de 100 ng/ml são considerados risco para intoxicação. Em casos de hipervitaminose, a principal manifestação é a hipercalcemia, podendo desencadear alterações neuropsiquiátricas, gastrointestinais, cardiovasculares e renais. A ingestão de doses extremamente altas das preparações farmacológicas da vitamina D podem progredir com um quadro de intoxicação; sendo o diagnóstico determinado clinicamente, através da história pregressa, estado clínico e exames laboratoriais do paciente. Níveis séricos registrados acima de 150 ng/ml, hipercalcemia e hiperfosfatemia são indicativos desse quadro. Uma vez que a meia-vida longa da vitamina D dificulta o manejo dessa condição no corpo humano, a primeira linha de tratamento deve ser dividida em 4 pontos: 1. descontinuação da suplementação e redução da ingestão de cálcio; 2. hidratação com solução de cloreto de sódio; 3. glicocorticoide terapia reduzindo os níveis de cálcio; 4. terapia anti reabsortiva com calcitonina em casos severos de hipercalcemia.

Conclusões

CONCLUSÕES: É de conhecimento geral os inúmeros benefícios da vitamina D, entretanto o aumento da automedicação com essa substância trouxe riscos à saúde de indivíduos leigos. É de responsabilidade médica a orientação a respeito dos riscos e consequências do uso dessa dose suprafisiológica, além da capacidade diagnóstica de uma possível intoxicação juntamente com o tratamento clínico, de forma a melhorar o prognóstico do paciente.

Palavras Chave

Intoxicação exógena, Hipercalcemia, Hipervitaminose e Vitamina D.

Área

Trabalhos Científicos

Autores

ADRIANO LOURENÇONI FREITAS, EDUARDO AMORIM LEITE, ANA BEATRIZ ARAUJO MOTTA, IGOR LIBRELON VARGAS