Dados do Trabalho


Título

CATATONIA MALIGNA: RELATO DE CASO

Introdução

A catatonia maligna é uma síndrome clínica grave, rara, caracterizada por anormalidades comportamentais impressionantes. Deve ser considerada como diagnóstico diferencial entre pacientes com sinais de mutismo, imobilidade, rigidez e anormalidades autonômicas, como febre, aumento da pressão arterial, taquicardia, taquipneia, leucocitose e aumento da quinase creatina. O diagnóstico só é dado caso o transtorno catatônico ocorra devido a uma condição médica geral.

Objetivos

O objetivo desse estudo é exemplificar a investigação e o diagnóstico de catatonia maligna em paciente com histórico de transtorno depressivo.

Descrição do caso

Paciente, sexo masculino, 44 anos, portador de Transtorno Depressivo e Parkinson Precoce, admitido no serviço com quadro de rebaixamento do sensório a esclarecer, sendo interrogado intoxicação por neuroléptico e abuso medicamentoso. Avaliado pela equipe de neurologia, realizada tomografia computadorizada de crânio no pronto atendimento sem alterações agudas. Submetido à extensa propedêutica laboratorial de líquido cefalorraquidiano com resultado de anticorpo YO positivo. Realizado rastreio oncológico minuncioso devido a este resultado, negativo. Durante a internação, teve diversas passagens pelo CTI devido a novos episódios de rebaixamento do sensório, sendo intubado e posteriormente traqueostomizado. Iniciado acompanhamento com a psiquiatria e após excluídas outras causas clínicas de seu rebaixamento, optado por iniciar tratamento com eletroconvulsoterapia (ECT). Foi submetido a 10 sessões de ECT com resultado satisfatório juntamente com tratamento medicamentoso com benzodiazepinico e reabilitação respiratória e motora realizada por equipe multidisciplinar. Recebeu alta hospitalar em bom estado geral, decanulado, deambulando e foi encaminhado para acompanhamento ambulatorial com equipe de psiquiatria.

Conclusões

Varias condições médicas podem causar a catatonia, como por exemplo: transtorno neurológico, infecções e distúrbios metabólicos (encefalopatia hepática), bem como o uso de fármacos, como antipsicóticos, corticosteroides e imunossupressores. Não é uma doença simples de diagnosticar. Requer não apenas conhecimento entre os profissionais de saúde, mas também um tratamento rápido e eficaz. A linha principal de tratamento é identificar e corrigir a causa clinica ou farmacológica subjacente. As principais técnicas conhecidas são o uso de benzodiazepínicos e a eletroconvulsoterapia.

Palavras Chave

catatonia, transtorno depressivo, eletroconvulsoterapia.

Área

Trabalhos Científicos

Instituições

REDE MATER DEI DE SAÚDE - Minas Gerais - Brasil

Autores

ANA FLAVIA ANDRADE EMERY SANTOS, ERIKA GUIMARAES FIGUEIREDO, CAMILA CARVALHAIS COSTA, GISELLE ALENE MONTEIRO GIRODO, ANA CAROLINA FERREIRA BRANT COSTA