Dados do Trabalho


Título

CISTITE ENFISEMATOSA EM PACIENTE PORTADORA DE DOENÇA RENAL CRONICA DIALITICA

Introdução

Introdução: A cistite enfisematosa (CE) é um diagnóstico diferencial raro das infecções de trato urinário (ITU) inferior, associadas à formação de gases, sendo o diabetes mellitus um importante fator de risco para essa infecção. Apesar da escassez de estudos, trata-se de uma complicação grave, que merece atenção no meio médico.

Objetivos

Objetivos: Relatar o caso de uma paciente diabética, portadora de doença renal crônica (DRC) dialítica que durante a internação evolui com quadro de ITU, cujo diagnóstico de CE só foi possível através de tomografia computadorizada (TC).

Descrição do caso

Descrição do caso: Paciente, 42 anos, sexo feminino, diabética, hipertensa, DRC dialítica estágio 5, internada por 14 dias por quadro de metrorragia iniciado há um mês. À admissão, regular estado geral, hipocorada, confusa, pressão arterial 100x60 mmHg e anemia sintomática. Exame laboratorial revelando Hb 2,91; Ht 10,20%; VCM 95,33%; HCM 27,20; RDW 18,6%; Ur: 56; Coagulograma sem alterações. Prescrito concentrado de hemácias, reposição de ferro e Depo-Provera para controle do sangramento. Vinha mantendo bom controle glicêmico, hemodiálise diária, cessação do sangramento e melhora parcial dos parâmetros hematimétricos. No D4, porém, evoluiu com disúria, oligúria e presença de massa dolorosa à palpação profunda em hipogástrio. Os novos exames revelaram Hb 4,02; leucocitose de 13.700 e PCR em ascensão (144,85). Com a passagem de sonda de alívio, verificou-se diurese turva, odor fétido, espumúria e aumento de sedimentos. Solicitado exame de urina, que evidenciou piúria, hematúria, nitrito negativo e flora bacteriana intensa. Ao gram de gota, presença de bastonetes gram negativos. Diante da permanência da massa em hipogástrio e da ausência de alterações na ultrassonografia pélvica, solicitou-se TC de abdome e pelve, que mostrou bexiga com parede difusamente espessada e com profusas coleções gasosas, confirmando, assim, a CE. Empregou-se antibioticoterapia endovenosa com ceftriaxone 2g/dia e no D14, foi dada alta à paciente que apresentava melhora clínica significativa e funções fisiológicas preservadas. Os estudos publicados mostram que a paciente do caso está dentro do perfil epidemiológico da doença - mulher e diabética.

Conclusões

Conclusão: O caso confirmou a necessidade da alta suspeição da CE em paciente com os fatores de risco para tal e ratificou a relevância da TC para definição diagnóstica do caso. Assim, a precocidade do diagnóstico e o início do tratamento são primordiais para um bom prognóstico.

Palavras Chave

Palavras-chave: Cistite; Insuficiência renal crônica; Anemia; Diabetes Mellitus.

Área

Trabalhos Científicos

Instituições

UFVJM - Minas Gerais - Brasil

Autores

GIANYNNE FELICIDADE SILVA SANTOS, ANA CAROLINA DAMASCENO CAVALCANTI, OSÉIAS DE OLIVEIRA SANTOS, PEDRO HENRIQUE RORIZ MARTINS, RENATA VITORIANO CORRADI GOMES